quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Band: Radiohead
Music: Talk Show Host

I want to, I want to be someone else or I'll explode
Floating upon the surface for
The birds, the birds, the birds

You want me, well f**king well come and find me
I'll be waiting with a gun and a pack of sandwiches
And nothing, nothing, nothing, nothing

You want me, well, come on and break the door down
You want me, f**king come on and break the door down
I'm ready, I'm ready, I'm ready, I'm ready, I'm ready...

terça-feira, 25 de outubro de 2005

A necessidade de estar o tempo inteiro correndo atrás de sucesso e realizações é o que nos faz colher resultados.

Mas após cada grande realização o chão parece sumir...

O chão sumiu, e mesmo sentindo ainda o fogo no peito, o frio da solidão começa a tomar conta do corpo.

+ + +

"There is no going back
I can't stop feeling now
I am not the same, I'm growing up again
I am not the same
I'm growing up again
There's no going back I can't stop feeling now."
- Cocteau Twins - Evangeline

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

O respeito ao mistério
Os gregos foram os grandes mestres em descrever o comportamento humano através de pequenas histórias, que costumamos chamar de “mitos”. Todas as gerações que vieram depois deles, da psicanálise de Freud (com o complexo de Édipo, por exemplo), aos filmes de Hollywood (como o Morpheus de “Matrix”) terminaram por beber desta fonte.
Durante grande parte de minha vida, uma destas histórias me deixava muito intrigado: o mito de Psyche.
Era uma vez...uma linda princesa, admirada por todos, mas que ninguém ousava pedir sua mão em casamento. Desesperado, o rei consultou o deus Apolo; esse disse que Psyche deveria ser deixada sozinha, vestida de luto, no alto de uma montanha. Antes que o dia raiasse, uma serpente viria a seu encontro para desposá-la. O rei obedeceu, e por toda a noite a princesa esperou, aterrorizada e morta de frio, a chegada de seu marido.
Terminou adormecendo; ao despertar, estava em um lindo palácio, transformada em rainha. Todas as noites seu marido vinha a seu encontro, faziam amor, mas ele havia imposto uma única condição: Psyche podia ter tudo o que desejasse, mas devia demonstrar total confiança, e jamais poderia ver seu rosto.
A moça viveu muito tempo feliz; tinha conforto, carinho, alegria, estava apaixonada pelo homem que lhe visitava todas as noites. Entretanto, vez por outra tinha medo de estar casada com uma serpente horrorosa. Certa madrugada, quando o marido dormia, com uma lanterna iluminou a cama; e viu, deitado ao seu lado, Eros (ou Cupido) - um homem de incrível beleza. A luz o despertou, ele descobriu que a mulher que amava não era capaz de cumprir seu único desejo, e desapareceu.
Sempre que eu lia este texto, me perguntava: será que não podemos nunca descobrir a face do amor?
Foi preciso que muitos anos passassem por debaixo da ponte de minha vida, até compreender que o amor é um ato de fé em uma outra pessoa, e seu rosto deve continuar envolto em mistério. Ele deve ser vivido e desfrutado a cada momento, mas sempre que tentemos entendê-lo, a magia some.
Quando aceitei isso, passei também a deixar que minha vida fosse guiada por uma linguagem estranha, que chamo de “sinais”. Sei que o mundo está falando comigo, eu preciso escutá-lo, e se assim fizer, serei sempre guiado em direção ao que existe de mais intenso, mais apaixonado, e mais belo. Claro que não é fácil, e às vezes sinto-me como Psyche no penhasco, com frio e terror; mas se sou capaz de passar aquela noite, e entregar-me ao mistério e à fé na vida, termino sempre por acordar em um palácio. Tudo que preciso é confiar no Amor, mesmo correndo o risco de errar.
Concluindo o mito grego: Desesperada para ter seu amor de volta, Psyche se submete a uma série de tarefas que Afrodite (ou Vênus), mãe de Cupido (ou Eros), invejosa de sua beleza, lhe impõe – uma dessas tarefas era a de que entregasse um pouco de sua beleza para ela. Psyche fica curiosa com a caixa que conteria a beleza da Deusa e novamente não consegue lidar com o Mistério – resolve abri-la – na caixa nada encontrou de beleza, mas sim um infernal sono que a deixou inerte, sem movimentos.
Eros/Cupido também está apaixonado, arrependido por não ter sido mais tolerante com sua mulher. Consegue entrar no castelo e despertá-la de seu sono profundo com a ponta de sua flecha e mais uma vez lhe diz – quase morreste devido a sua curiosidade – esta a grande contradição, Psyche que buscava encontrar segurança no conhecimento encontrou insegurança.
Os dois vão até Júpiter, o deus supremo, implorar que esta união jamais possa ser desfeita.
Júpiter advogou com empenho a causa dos amantes que conseguiu a concordância de Vênus. A partir deste dia, Psyche (a essência do ser humano) e Eros (o amor) estão para sempre juntos. Quem não aceitar isso, e procurar sempre uma explicação para as mágicas e misteriosas relações humanas, irá perder o que a vida tem de melhor.
- Guerreiro da Luz

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Nem mesmo aquele que diz saber explicar tudo, mesmo que em um mero único ínfimo aspecto, é capaz de realmente entender. A compreenão as vezes é tão passageira quanto a verdade que nos cerca nessa cortina... nessa névoa.

Psyche era insegura no próprio conhecimento, e realmente essa é a essência dos homens.

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

O vento corta os céus.
Assim o homem superior purifica os aspectos externos de sua natureza.

O vento pode nascer do reflexo de uma atitude.

Ventania é aquilo que pode fazer olhos fecharem...
casas voarem... dar força a maior das fogueiras.

Porém uma brisa é capaz de acalentar a solidão...
ser filha de um doce sussurro... ou acariciar seu cabelo.

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Ar... inteligência, traz a troca de informação, agilidade...
Dizem que esse elemento utiliza a lógica e a objetividade.

Vejo como Renovação.