quinta-feira, 31 de outubro de 2002

Lágrimas de sangue se misturam na água debaixo de urros e clamores aos Deuses e a qualquer coisa... A água fria bate no meu rosto desarrumando meus cabelos. Minhas mãos ficam apoiadas enquanto meu corpo é banhando pela minha própria tristeza. Um corpo frio... sem vida. Meu rosto dói e a impressão que tenho é que vou explodir. Queria estar sob uma cachoeira agora, escutando o rufar da natureza. A única coisa que deixou de ser preto e branco...

Preciso de guerra, preciso de vocês inimigos. A trégua que vocês estão fazendo está me matando. Se o sofrimento purifica a alma, porque sou tão bestial? Minha paz se resume a sangue... se não dos outros, ao meu.

Fera das lágrimas de sangue...

segunda-feira, 28 de outubro de 2002

Aonde tudo começou? Os astros, Deus, Azar, Vazio..? Porque aconteceu tanta coisa comigo? Porque um santo tem que ser queimado para que seja enxergado seu valor? É preciso fazer o crime para chorar com a punição? Joana do Fogo... foram covardes malditos que te queimaram. Exatamente o oposto de você. Para todo aquele que quiser ser meu oposto, venha tentar me queimar. To chamando... A chama purifica e revela a verdade. Cinzas... essa é a única verdade! Todos somos feitos disso! Estou pronto para ser queimado... estou pronto para fazer um milagre. Um beijo na ponta de seu vestido minha maravilhosa Santa.

quinta-feira, 24 de outubro de 2002

As vezes pessoas vem até mim para dizer que sou forte. Acho que elas precisam dizer isso... É preciso ser forte para sobrepujar a guerra do sangue... a guerra da sobrevivência. Como tenho coragem? Não sei até onde minha coragem se mistura com meu instinto, mas posso dizer que apenas sei que certas coisas precisam acontecer, e me entrego de cabeça até que elas sejam completadas. Infelizmente a vontade de um homem nesse mundo é muito pouco... ainda mais a de um vampiro lamentando na noite. Para cada recaída que tive queimei por dentro. E agora mais uma vez encaro a Chuva de Novembro. Como sussurram na noite: "E a historia sempre se repete..." Esse é meu capítulo, estou pronto diretor.

"Nothing last forever... even cold november rain..."

segunda-feira, 21 de outubro de 2002

I could laugh and play... and live in any other way... Then the devil took my soul...

domingo, 20 de outubro de 2002

Angustia. Terrível sensação gelada que pode contaminar uma alma. Qualquer coisa de essência positiva torna-se mais difícil. Pensar, andar, correr, lutar... A angustia é uma força degenerativa. Como um ferrugem que se instala nas dobradiças dos vários portais que se abrem numa vida. Estou sentado no chão desse corredor com vários portais a muito tempo. Alguns estão até entre abertos. Olho os calos de minhas mãos quase irreconhecíveis pela sujeira... e lamento tanto desperdício.

sábado, 19 de outubro de 2002

Estou deixando quebrarem meu coração de pedra. Expondo ele a marretadas. Se estão voando alguns estilhaços isso é problema de quem está perto. É muito cômodo ficar no chão recebendo pancadas. Pelo menos o angulo de visão torna tudo muito divertido. Posso ver um pouco da face real de meus inimigos por trás das máscaras. Saber seus medos, saber o pq me temem... Me golpeiam como se fosse um morto... um saco de batatas. Eles pensam que estão se divertindo. Ah se meus inimigos soubessem... que o incêndio aqui dentro deste peito está preste a incinerá-los no primeiro tropeço...
Uma das grandes regras da guerra da noite é que o que não nos mata, nos fortalece. Para cada estilhaço voando, estacas nascerão em minhas mãos... minha fome crescerá. Me tornem mais forte desgraçados filhos da espada de Cain. O inferno está aguardando todos nós.

sexta-feira, 18 de outubro de 2002

- O homem precisa sofrer. Quando não tem tristezas reais, inventa-as. As tristezas o purificam.-
- José Martí

quinta-feira, 17 de outubro de 2002


Hurt
, Nine Inch Nails

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know
Goes away in the end
You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
I wear my crown of *hit
On my liars chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stain of time
The feeling disappears
You are someone else
I am still right here
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know
Goes away in the end
You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way

terça-feira, 15 de outubro de 2002

Acabo de beber um sangue extremamente amargo. Sangue podre... quase coagulado. Vindo de minha própria língua agora quase estraçalhada. Meu sangue podre... meu ódio engolido como se não pudesse ser vomitado. Uma vingança brota a cada careta que faço enquanto bebo. Mal posso esperar a hora de fazer o mesmo contra meus inimigos. Um a um... Já posso até vê-lo... Vou deixá-lo inutilizado, imóvel com minha garra enfiada em seu ventre embaralhando suas vísceras. Olhando fixamente para seus olhos incrédulos a procura de meu sorriso refletido... Farei até uma pose. Restará beber seu próprio sangue... Se essa noite chegar, a lua subirá e poderei caminhar finalmente de encontro ao sol.

Por enquanto... Under Killing Moon...

sexta-feira, 11 de outubro de 2002

Toque minha pele maldita... sua vadia. Sinta o calor de seu próprio sangue, que aquecesse meu corpo. Deliciosa vitae que passou de seu seio para meus lábios... para meus caninos... para minha língua... para minha depravada fome. Enquanto seu corpo, ainda belo, passeia numa espécie de dança macabra, contorno com meus dedos todas suas curvas desnudas a procura de uma fresta. Logo acima do umigo abro uma fresta com meu pincel... sacio parte de meus desejos sugando tal nectar de prazer... Continuo descendo e encontro outras... Salgada, suada, quente... alucinadamente ansiosa.

O sopro da morte carrega o ambiente dando uma impressão de despedida. Porque despedidas fascinam tanto os homens? Última vez... só para aquele que deu um beijo de despedida sabe do que ele é capaz. Sugarei seu sangue como numa despedida... rasgarei seus sentidos, urrarás como um animal, atravessarei tabus e como um urso lamberei todo mel ignorando o zumbido e violência das abelhas. Diga adeus cachorra no cio... esse maldito trem vai parar no inferno.
A Guerra continua. Vítimas sempre serão comuns a destruição. Cada uma que se foi levou nossa paixão, nossos medos, nossa confiança... A Vaulderie nos uni de tamanha forma que os membros da Coterie são cegamente fieis uns aos outros. Quando atingem um de nós, é como se atingissem a nós mesmos. Para aqueles que tocaram nos membros de nossa coterie, um beijo no rosto em forma de escarro. Vcs não perdem por esperar... Para aqueles que tocarem nos ainda remanescentes, meu mais grotesco ataque primordial. Quando mal esperarem, minhas presas dilacerarão vossos pescoços.

Não posso acabar com eles estando de fora? Então farei parte deles. Não tenho medo do sangue deles... Como um câncer atacarei as funções vitais e farei eles me vomitarem. Não estou sozinho, tenho em quem confiar. Temos a eternidade para lutar...

*** The Vaulderie: Um dos mais importantes rituais do Sabbat. Graças a tal ritual eles se mantém livres e solidários. De certa forma, essa é a causa principal da Fundação da Sociedade Sabbat e seu sucesso. Nessa cerimônia o Sabbat inteiro tem que estar presente. Ou em sua totalidade ou em seus pequenos bandos. Cada bando é formado por integrantes que dividem responsabilidades como: Líder (tem a força máxima de decisão), Sacerdote (responsável pelos rituais), etc.. O ritual consiste em juntar um pouco do sangue de cada membro, misturá-lo, e todos beberem confraternizando-o. Além de causar um grande prazer aumenta o vinculo entre seus participantes. A lealdade criada por esse ritual vai muito além das emoções humanas sendo muito mais profundo. É com certeza a única forma de vampiros tão malditos não se destruírem sozinhos.

quinta-feira, 10 de outubro de 2002

Habilidades de guerra... habilidades de destruição. Por mais que outros guerreiros neguem, a guerra é meu alimento. Mesmo se enfrentando filhos bastardos da guerra! Porque bastardos?! Eu sou filho da guerra... um filho legítimo! Assumo de corpo e mente. Minha intenção é uma grande arma... ofensiva... É o que sou! A euforia masoquista e psicopata é uma chama no peito, pronta a queimar qualquer coisa. Quer se queimar? Experimente...

terça-feira, 8 de outubro de 2002

O mal ronda a porta de nossa casa... mal sabe ele que desta vez não estou mais na janela ou debaixo da cama acuado mijando nas calças. Estou abrindo a porta para ele e convidando-o para tomar uma Vodka. Perigoso? Melhor manter os inimigos próximos, debaixo de sorrisos amarelos do que não saber aonde estão. Aproveitando para embebedá-los e ficar sorrindo com eles, como se fossem idiotas "velhos companheiros" tomando um porre. A mesa tem que ser virada, para que eu possa aproveitar e me divertir também... Por mais que as palavras usadas sejam encantadoras, bonitas... a lavagem cerebral do Sabbat, de que tudo é uma família não cola e não funciona. Vou passar por cima de todos... usando as proprias regras deles... MONOMANCIA (duelo de líderes até a morte)?! Que seja! Quem sabe um dia eu deixo de ser um pobre inocente!

segunda-feira, 7 de outubro de 2002

Grite como um animal! Não tenha medo! Não reprima seus instintos mais destruidores. Eles existem e nos fazem andar... controlando ou não. E o que nós somos? Nossa essência?! Tanto um filho de nosso querido senhor quanto um amaldiçoado como eu sabem que somos animais! Predadores viróticos destruidores... Sou uma criatura da noite a procura de guerra. A vida é uma eterna e covarde batalha... No meu caso, não tão covarde assim... Já que o tempo tira as forças dos homens e enobrece meu sangue como um vinho. Ajoelhe-se e grite quando precisar de força... busque energia aonde mais existe... dentro de você. Feche as mãos e derrube quantos puder... Livre-se de seus pudores, de suas limitações... entregue-se como um animal... a morte... ao sexo... delicie-se comigo está noite... mergulhados em sangue!

domingo, 6 de outubro de 2002

Sou conhecido como o santo. Sou um Vampiro. Por onde ando sinto o cheiro de sangue... de uma forma ou de outra. Sou um guerreiro renascido sob a lua cheia e uivos de guerra. Renasci para lutar a guerra silenciosa da noite. Mesmo que por vezes falho, alguma monotonia tirei de varias vidas... meus inimigos, o Sabbat. Contarei passagens de minha pós-vida... utilizem isso para o que quiserem... nunca se esqueça: Pense para acertar, lute para resistir, aja para vencer!