quarta-feira, 20 de outubro de 2004

O Guardião

Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para descobrir quem seria o novo sentinela. O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:
- Assumirá o posto o monge que conseguir resolver primeiro o problema que eu vou apresentar.

Então ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo. E disse apenas:
- Aqui está o problema!

Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro! O que representaria? O que fazer? Qual o enigma? Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e... ZAPT! Destruiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
- Você é o novo Guardião.

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Recebi esse texto hoje. Num bom momento admito. A pessoa que me enviou esse conto disse que ao lê-lo, surgiu a minha imagem na sua mente. Mais do que ter seus valores reconhecidos, é ser lembrado. Ainda mais em questões tão virtuosas, mesmo que as vezes um pouco equivocada. Fiquei lisonjeado.

No fundo gostaria de ser como tal Guardião. Acho perfeito.

Porque sei que não sou? Não teria coragem de cortar minha própria espada.

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