segunda-feira, 11 de abril de 2005

Caminhei contra o vento e acordei hoje sem peso. Talvez ele tenha me levado tudo. Sabe, todas aquelas coisas que carregamos achando que poderemos precisar mais adiante. Não posso dizer que cheguei aqui sozinho, sem receber nada, mas posso a partir de agora assumir isso. Quero andar sem peso... apenas andar. Carregamos tantas responsabilidades e tantos sonhos... tantos objetivos, e quando nos damos conta, mal aproveitamos o real processo da obra. Engraçado dar conta disso num dia em que várias pessoas caíram, diante dos meus olhos...

Ícaro como qualquer homem tinha o sonho de voar. Fixou penas de um grande pássaro com cera e realizou tamanha proeza porém, chegou a uma altura tal, que o sol foi capaz de derreter a cera, fazendo com que este caísse no mar. A tragédia pode ser a única coisa que você esta sendo capaz de ver... Mas ninguém no mundo deve ter sorrido como ele, quando ele conseguiu perceber que estava voando. Tente imaginar... feche os olhos na frente de uma brisa... conseguiria sonhar? Conseguiria provar uma fagulha da explosão sentida por Ícaro?

Quando os mortais vão entender, que tudo que poderão provar nesta curta vida são fagulhas de explosões...? Você é diferente?! Está bem no meio de uma explosão?

Aproveite. Essa explosão acabará... mas nem por isso deixará você triste... tudo porque você por um momento sorriu como Ícaro.

Homens as vezes precisam cair para que as pessoas entendam a realidade. Mas na verdade, para entender Ícaro, não é preciso cair mas sim, voar.

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