segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Bem aventurados somos nós guerreiros. Nossos inimigos encaramos de frente, olho-a-olho. A derrota é clara. Não somos iguais a pessoas perdidas que ficam sepultando e profanando seu próprio e outros túmulos. Repudiando-se, lamuriando ou exaltando sua "pobre" existência. Talvez nós tenhamos uma tendência a "morte" precoce, afinal não aprendemos a nos iludir, sentimentalizar nossos atos, afinal boa conduta é clara para todos povos e independe de sentimentos. Todos sabem o que é certo ou errado, o que machuca ou não, porém todos tendem a justificar sua má conduta em antigas experiências, traumas, personalidade forte... Talvez a não visão da realidade dê mais vida... gere felicidades independentes ou produtos, verdadeiros guerreiros perdem sua ternura cedo, e amadurecem na realidade desgostosa. Isso ensina que algo acontece ou não, e a própria ternura, esperança, envelhecem.

A impermanência é o real inimigo. A espada que seguro agora antes era parte do solo... do solo fizemos nosso abrigo... do nosso abrigo crescemos fortes em nossa sobrevivência... de nossa sobrevivência aprendemos a nos fortalecer... atacar.

A pior face da impermanência é aquela que localiza-se na fronteira da realidade com o abstrato. Sentimentos. Algo capaz de ser mais efêmero que um riscar de fósforo, e mais explosivo que uma bomba atômica. O apego as coisas sentimentais faz alguns acreditarem que são castigados, agraciados por alguma questão social, temporal, etc... fazendo-os mover-se com egocentrismo. Como se pudessem ser donos de algo nessa existência tão pequena.

A terra continua lá... dando seu giro...
... e as poucas vezes que sou capaz de encontrar minha paz, é quando minha espada apenas gira.

De resto, vivo uma luta constante contra meus desejos...

+ + +

"Tudo que você deseja é o prazer do apego, a alegria do apego, a sensação de segurança do apego."

Como se isso pudesse ser desculpa para qualquer coisa.

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