terça-feira, 14 de outubro de 2003

Texto de um Peregrino.

A distância do vento... no silêncio da vida. Um retiro para manter o espírito puro.

Muitas vezes sabemos que temos que parar de lutar, e assim o fazemos. Por maiores que sejam as necessidades, às vezes não adianta combater. Por falta de força, por falta de luz, por falta de crença, por cansaço demais... por piedade. Nessas horas um guerreiro deve fechar os olhos e seguir seu próprio íntimo. Deve falar com as batidas de seu coração, sua respiração. Só assim ele consegue equilibrar-se. Na ausência das virtudes, ele usa desse artifício para não entrar em pânico evitando a derrota certa. No campo de batalha muitas vezes estamos sozinhos flutuando unicamente em nossos pensamentos, e isso é muitas vezes o combustível que usamos para torturar-nos, sofrendo e crescendo posterioremente. Tornando-nos implacáveis.

“Caminhando pra frente com a espada nas mãos e no pensamento” – Já dizia o Mestre quando segurei uma espada pela primeira vez. Qualquer guerreiro que caminhe usando sua espada como bússula, merece respeito. Traçando seu objeitvo, acreditando e caminhando sobre ele.

Estava recluso, e mesmo assim viajando por vales perigosos e nefastos, cenarios de meus proprios sentimentos. A cada respiração, muitas vezes um suspiro. A cada batimento de meu coração, lágrimas, vozes, espíritos. Travei batalhas comigo mesmo e agora acordei, melhor, mais sábio e conhecedor de meu próprio universo.

Apesar de ter acordado de noite, estou conseguindo ver estrelas. Isso servirá para me guiar de novo para o Norte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário