sexta-feira, 27 de junho de 2003

Eu assumo. Sem nenhum assunto interessante para postar. Digamos que hoje não seja um dia para se expressar por letras, mas ainda assim, eu tento.

Minha forma preferida de expressão é a corporal. Existem coisas que só o corpo sabe dizer, e de forma universal. Como a ação reflexa de espanto frente a um acidente ou a elevação do pescoço deixando a face ser banhada pelo nirvana na hora do êxtase. Poderia ocupar um espaço com letras, mas ainda assim preferiria ocupar um ambiente com movimentos, como o som de uma shakuhachi (flauta de bambu japonesa) faz.

Nessas horas fica tão fácil imaginar...

O ar que sai dos pulmões em forma de som seria o calor produzido pelo meu corpo. A técnica dos dedos seria substituída pela noção de espaço. As notas perfeitas emitidas pela flauta dariam lugar a honestidade dos movimentos. E assim a melodia floresceria. Como uma ave que sai do ovo. O ovo que representa o mundo. E que para nascer ela o destrói... destrói seu mundo.

Cherry trees along the Tetsugaku-no-Michi (Path of Philosophy) at dusk. Kyoto, Japan


shikishima no
yamato-gokoro wo
hito towaba
asahi ni niou
yamazakura-bara

Asked
what the true Japanese spirit is like,
I would answer,
it is the mountain cherry blossoms
smelling in the rising sun.




Clique aqui
. Uma curta passagem para Kyoto.

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