sexta-feira, 11 de julho de 2003

Fechando os olhos sinto essa batida... ...ainda.
Rítmica e amarga.

Ninguém mais poderia escutar?! Uma batida que está a vociferar aqui dentro, abafada, muda. Fora de mim apenas um sorriso sem graça surgido da escuridão iluminado por flashes de luz. O melhor que posso fazer agora...

É tão fácil romancear qualquer coisa nesse momento. Se qualquer coisa inanimada consegue ganhar vida e engrandecer de forma perigosa, imagine o que pessoas são capazes de fazer... cada uma genuína e única.

Quando todos sentidos estão canalizados, um olhar, um cheiro, um sussurro, um toque... um gosto, algo inesquecível acontece. Uma necessidade fria e maquiavelicamente perversa. Um momento do vívido subconsciente capaz de enfeitiçar e seduzir. O resultado depois foi um torpor temporário que se instalou, deixando a mente confusa.

Olhos subjugando com clareza o que estava para acontecer numa luta inquietante... O cheiro indicando a direção e o caminho... O som aparecendo posteriormente como um misto de pedido, susto e ritmo... O toque... ah o toque... e o gosto eroticamente salgado e quente. Coloque tudo isso na mesma mesa, e como num jogo de poker faça suas ilimitadas combinações... ilimitadas pela sua imaginação. Royal Street Flash? Se conseguir juntar todos...

Artimanha do destino dar o nome Luana para isso. Filha da Luz.

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